Este livro, e como não podia deixar de ser, passou directamente para o topo da minha lista de livros em leitura e foi bem rápido de concluir.
Opinião
Neste livro, no seguimento cronológico d’ “O Filho das Sombras”, seguimos a história de Clodagh, filha de Sean e Aisling, a partir do momento em que se torna responsável pela gestão da casa devido à aproximação da data em que a sua mãe dará a luz o tão esperado HERDEIRO DE SEVENWATERS.
Clodagh é uma jovem mulher cujo maior talento é a organização e gestão da lide doméstica ficando-se, no reino do misticismo, pela comunicação telepática com a sua irmã gémea. No entanto, e quando forçada pelas circunstâncias do rapto do seu irmão, é capaz dos actos mais extraordinários de bravura pela salvaguarda não só da vida do tão esperado herdeiro como também pela estabilidade de toda a família. Para tal terá de entrar no mundo das Criaturas Encantadas onde vai descobrir que nem todos querem bem à sua família.
Ao longo da história, e até ao momento da reviravolta, vão sucedendo-se os encontros menos agradáveis com a personagem Cathal, um guerreiro ao serviço de Johny, e que se revelará uma ajuda preciosa no momento em que Clodagh mais precisa. Juntos vão arriscar tudo para enfrentar o Senhor do Carvalho, negociando até com as suas vidas. Clodagh e Catal formam o par romântico desta história.
Deixando um pouco de lado a história e passando à análise geral do livro em si, lamento dizê-lo mas, na minha muito modesta opinião e que vale o que vale, esta não é uma das melhores obras desta autora e passo a explicar.
Primeiro: Há uma mudança substancial no tom da escrita, seguindo uma estrutura mais parecida com as últimas obras escritas para um público mais jovem, em que o tom é mais leve, menos dark e de longe menos poético que as obras precedentes. Talvez, de certa forma, isso tenha tornado o modo de falar das personagens mais credível mas eu sinto a falta da sua antiga forma de escrever. Depois há o facto de haver muita repetição de informação completamente desnecessária e nada típico da escrita desta autora. Por vezes dá-nos mesmo a sensação que o livro tem partes que poderiam ter sido escritos por outro autor e não pela Marillier de tão diferente que é.
Segundo: A personagem principal é menos complexa; os seus diálogos interiores falham pela excessiva repetitividade (ninguém acredita no que ela conta acerca dos acontecimentos e consequências do rapto do irmão) e falta de conflitos internos mais profundos; ao contrário dos demais heróis e heroínas de Marillier esta personagem não tem de tecer compexos ardis para conseguir salvar aqueles que ama, é tudo plain simple and on the open. O mesmo se aplica às restantes personagens com alguma importância na história. Até as razões que justificam os actos do vilão são simples e directas (muito pouco é dado a conjunturas).
Terceiro: A história está escrita da tal forma que pode-se dizer que a lemos mais do que vivemos, e isso era o que de tão maravilhoso e mágico Marilier tinha e espero que ainda tenha (em livros futuros). É uma excelente contadora de histórias, com uma capacidade fantástica de nos enredar de tal forma na mesma que é como se fôssemos os personagens e sentíssemos tudo o que sente, e não meros leitores das suas palavras.
Quarto: Uma das revelações mais importantes do livro (relacionada com o Johny) é passada para último plano tenho sido feita em menos de meia dúzia de linhas assim como quem não quer a coisa. De pasmar sem a menor dúvida, e não pela positiva.
Por fim, e devem achá-la a razão mais parva possível, este livro não foi capaz de me arrancar um sorriso ou lágrima (e meu Deus como eu chorei em todas as obras precedentes desta autora). Foi incapaz de me levar a qualquer tipo de emoção maior.
Concluo dizendo que não se trata definitivamente de uma das melhores obras desta maravilhosa autora, mas que, e mesmo depois de tudo o que foi dito acima, é de leitura muito agradável e recomendável a quem gosta do género.
Não sei de melhor forma de começar este post senão pelo título em si:
"Feira do Livro de Lisboa 2009: o drama, a tragédia, o horror!"
Ora, terá sido algo do género que a minha carteira, costas e ricos bracinhos sentiram de cada vez que eu sacava do meu cartão multibanco e fazia mais uma aquisição nesta bendita feira. Se os pobres falassem diria algo do género "Não!!! por favor, mais não!!! Tem pena de nós!". E a culpa é de quem? Do R. pois claro que se escusou a ir à feira comigo para me controlar.
Ainda antes de falar das aquisições e da "desgraça" do dia em si deixem-me só fazer um pequeno à parte. A caminho dos barcos reparei na existência de uma mini mini feira do livro que por vezes vai surgindo na estação de metro, nomeadamente na do Cais do Sodré. Nada de mais dirão vocês, há para aí feiras dessas aos rodos. Concordo em absoluto mas, o que tornou a existência desta feira merecedora de destaque neste post, era ter um slogan do género "há mais algum vício que não lhe faça mal?", referindo-se claramente ao vício da leitura. Pois bem, ao senhor ou senhora que criou esse slogan só tenho a dizer:
"Meu/Minha querido/a, só diz isso porque realmente não é viciado em literatura senão vejamos. Os livros em Portugal são caros (fazem mal à carteira) e quando aproveitamos as feiras e estas têm muitos títulos interessantes a preços ainda mais interessantes, arruína ainda com as costas, braços, ombros e afins (logo, faz mal ao esqueleto)."
Tudo isto para dizer que não tive coragem de ver a feira toda. Parei no stand da Bizâncio (estava a subir a rua) porque depois das aquisições nesse stand, já não aguentava mais de dores nas mãos e costas de carregar tanto livro, e tinha medo de não conseguir resistir a mais umas comprinhas e depois não conseguir, literalmente, sair de lá de tão carregada que estava. Escusado será dizer que, se já muitos livros tinham ficado por comprar porque o €€ não é elástico dos stands que já tinha visto, muitos mais ficaram por comprar por nem sequer me terem passado pela vista.
A desgraça fica-se então pelos seguintes títulos:
- Baby Blues n.º 17,18 e 19, Kirkman & Scott
- Baby Blues - Dez anos e ainda de Fraldas, uma antologia a cores, Kirkman & Scott
- A Herança do Vazio, Kiran Desai
- Aprendiz de Assassino, Robin Hobb
- O Festim dos Corvos, George R.R. Martin
- O Codex Maia, Douglas Preston
- A Águia de Sangue, Simon Scarrow
- A Profesia da Águia, Simon Scarrow
- Marcada, P.C. Cast & Kristin Cast
- Serpente, Clive Cussler (oferta Saída de Emergência)
- A Espada de Átila, Michael Curtis Ford (oferta Saída de Emergência)
- O Escândalo da Temporada, Sophie Gee (oferta Saída de Emergência)
- A Casa da Floresta, Marion Zimmer Bradley
- Pássaros Feridos, Colleen McCullough
- A Ilha das Trevas, José Rodrigues dos Santos
Dá para perceber que, ao carregar isto tudo, qualquer semelhança entre mim e um burro de carga não era pura coincidência!
Note to self: Para o ano levar um trolley!
16:40 |
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E porque não preciso de qualquer desculpa para adquirir imediatamente qualquer novo livro editado da Juliet Marillier, a compra de hoje....
Sinopse"Os chefes de clã de Sevenwaters são há muito guardiões de uma vasta e misteriosa floresta, um dos últimos refúgios dos Tuatha De Danann, as Criaturas Encantadas que povoam as velhas lendas. Aí, homens e habitantes do Outro Mundo coabitam lado a lado, separados pelo finíssimo véu que divide os dois reinos e unidos por uma cautelosa confiança mútua. Até à Primavera em Lady Aisling de Sevenwaters descobre que está grávida e tudo se transforma. Clodagh teme o pior, uma vez que Aisling já passou há muito tempo a idade segura para conceber uma criança. O pai de Clodagh, Lorde Sean de Sevenwaters, depara-se com as suas próprias dificuldades, vendo a rivalidade entre clãs vizinhos ameaçar fronteiras do seu território. Quando Aisling dá à luz um filho varão - o novo herdeiro de Sevenwaters - Clodagh é incumbida de cuidar da criança durante a convalescença da mãe. A felicidade da família cedo se converte em pesadelo quando o bebé desaparece do quarto e uma coisa não natural é deixada no seu lugar. Para reclamar o irmão de volta, Clodagh terá de entrar nesse reino de sombras que é o Outro Mundo e confrontar o poderoso príncipe que o rege. Acompanhada nesta missão por um guerreiro que não é exactamente o que parece, Clodagh verá a sua coragem posta à prova até ao limite da resistência. A recompensa, porém, talvez supere os seus sonhos mais audazes..."Autor: Juliet Marrilier
Editora: Bertrand
Encadernação: Capa Mole
N.º de páginas: 477
Género: Romance Fantástico
ISBN: 978972251897
Tradução: Ana Neto
Preço:wookfnacbertrand
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aquisições
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